terça-feira, 23 de março de 2010

Solidão


Um dia desses estava no ônibus, a ler um livro, então, como que num súbito de consciência, parei de ler e passei a observar as pessoas ao meu redor.
Quase que instantaneamente, cheguei a uma triste conclusão: “Que solidão!”. Eu estava rodeado de pessoas, que passam cerca de duas horas por dia em minha companhia, porém, eu não sabia o nome de nenhuma delas, e as mesmas nem se davam conta de minha presença.
É duro ter de admitir que estamos sozinhos em meio à multidão. Saber que a pessoa ao seu lado (aquela que está esbarrando em você!), nem se quer se dá ao trabalho de olhar em sua face para desejar-lhe um bom dia.
Mas a pior parte, e a que me deixa mais indignado, é que, normalmente, fazemos exatamente a mesma coisa! Como se não houvesse nada de mais em agir com indiferença para com outros seres humanos, os quais, tem tanta necessidade se serem tratados dignamente quanto nós.
Percebo que, cada vez mais, estamos vivendo presos em nossos próprios mundos, muitas vezes nos esquecendo das pessoas ao nosso redor. Se não nos libertarmos (logo!) deste confinamento mental, desperdiçaremos uma vida, tendo conhecido apenas um pequeno fragmento do mundo, sem entender como nos encaixamos no quebra-cabeça da vida!

Thiago Vinicius